sábado, agosto 23, 2008

Trabalho e estudo estão te cansando?

Segundo especialista, conciliar as duas atividades pode ser um desafio bem menos desgastante se houver planejamento de tarefas



Fim do dia. Como você se sente ao chegar em casa? A resposta que deve estar passando em sua mente se resume em uma palavra chamada cansaço. As dores no corpo são intensas para quem correu o dia inteiro para dar conta das muitas atividades. O fato é que ninguém pode se desfazer de sua rotina, afinal todos precisam trabalhar e estudar. No entanto, é necessário ficar atento, pois o desgaste físico e emocional de uma rotina de trabalho e estudo pode acarretar danos à saúde, provocando fadiga muscular, doenças geradas a partir do estresse e obesidade por conta de maus hábitos alimentares.

De acordo com o estudante de Educação Física Jonathan de Souza, faz-se necessário tirar tempo para si mesmo. Ele trabalha de manhã, vai à universidade no período da tarde e ainda faz o curso técnico de saúde e segurança do trabalho à noite. “Saio de casa antes das 7 da manhã e muitas vezes chego depois das 23 horas”. A alternativa encontrada pelo estudante para sair da rotina e relaxar é separar o fim de semana para descansar fazendo outras atividades. “Tirei o domingo para mim e para fazer coisas que gosto, como tocar violão”, exemplifica.Para a psicóloga Ione Araújo, é fundamental realizar um planejamento a fim de conciliar estudo e trabalho sem prejudicar a qualidade de vida. “É importante fazer um cronograma de atividades para que com organização o desgaste seja menor”, ensina.


Original mais caro ou pirata mais em conta?

Esse é o dilema de quem não quer perder os lançamentos de filmes, mas também não deseja gastar muito



Prateleiras recheadas de vídeos de todos os estilos. Desde os lançamentos até os mais clássicos e eternizados filmes, as locadoras disponibilizam uma gama de atrações para quem deseja preencher o seu final de semana com boas histórias para chorar ou rir. O fato é que as escolhas dos amantes dos clássicos dos cinemas não se limitam ao estilo romântico, trágico ou à ação que o filme pode apresentar. A escolha está também em quanto se pode gastar para ter os DVD´s na prateleira da estante de casa. Comprar DVD pirata ou baixar filmes pela internet é a alternativa de quem não quer gastar muito.

De acordo com a universitária Sabrina Lobo, a procura pelos filmes por um preço menor é uma vantagem para os estudantes que nem sempre têm dinheiro de sobra “Eu compro DVD pirata porque é mais em conta e tenho um primo que baixa filmes pela internet”, diz.

No Brasil, segundo o conselho Nacional de combate à pirataria e delitos, a cada cinco cd´s originais vendidos, outros cinco são piratas. No entanto, o administrador de locadora em Aracaju, José Fábio Carneiro dos Santos, dá o alerta quanto à qualidade dos filmes piratas e diz que o barato pode sair caro “A qualidade do som e da imagem não é a mesma. Já aconteceu de muita gente alugar ou comprar vídeos não originais e ao chegar em casa se decepcionou porque o DVD não leu o filme” afirma.

Segundo José Fábio, um lançamento de filme, a depender da produtora, custa em média R$ 120 para a locadora, enquanto que o vendedor ambulante vende três filmes em um DVD por R$ 3 em média “Chega a ser até uma concorrência desleal, mas não acredito que as locadoras vão deixar de existir e que àqueles que buscam pelos originais vão desaparecer.” comenta.

A versão de quem trabalha com a pirataria

“Tudo não passa de uma lenda. É apenas um cd que foi gravado e esse não pode estragar o aparelho” a fala é de H.H. que produz DVD’s piratas a cerca de dois meses e acrescentou a sua renda mais de um salário mínimo mensal “Tem dias que vendo 9 DVD’s e tenho tirado em média R$500 de lucro com filmes e shows que um amigo meu baixa pela internet.”

O produtor de DVD´s piratas que não quis se identificar, vende 1 DVD por R$4 e 3 DVD’s por R$10, enquanto que a locadora aluga um lançamento de filme por R$5 com devolução em 24h.



sexta-feira, junho 13, 2008

Deficientes auditivos são hábeis para atuar no mercado de trabalho

Eles têm capacidade de concentração maior que os ouvintes, mas ainda apresentam índices de defasagem escolar

Foto e texto: Maristela Niz

Aula de informática ministrada pelo instrutor de libras e intérprete Jorge Fortes
Não ser contratado. Motivo? Ausência de um sentido. Não ter a capacidade de ouvir pode colocar o candidato em apuros na hora de conseguir um emprego. De todas as deficiências, os surdos são os que têm maiores dificuldades para serem inseridos no mercado de trabalho “eles não se comunicam com ninguém e muitas vezes não entendem o processo. Às vezes nem sabem o porquê de terem sido demitidos e a razão disso está em não haver nenhuma pessoa da empresa que saiba explicar”. A informação é da coordenadora do programa Deficiência e Competência, Ana Maria Santos Vaccari.
A realidade dos deficientes auditivos em Sergipe no mercado de trabalho demonstra por um lado a falta de preparo das empresas em recebê-los e por outro a ausência de qualificação profissional de quem tanto deseja ser inserido. Nesse sentido, medidas têm sido tomadas no intuito de qualificar os deficientes auditivos em todo Brasil “Muitos surdos estão em idade de trabalhar, mas não têm a escolaridade exigida” a constatação é de Daisy Mara Moreira de Oliveira, psicopedagoga e coordenadora do Instituto pedagógico de apoio à educação do surdo de Sergipe- IPAESE.
Por que é tão difícil se profissionalizar?
De acordo com Erivaldo Silva, assessor de Recursos humanos do Senac, a capacitação profissional é fundamental para a inserção do deficiente no mercado de trabalho, no entanto, para que as contratações sejam efetivadas e os cursos sejam preenchidos por alunos com necessidades especiais, estes devem ter uma formação escolar preliminar. “A grande dificuldade encontrada pelas escolas profissionalizantes é a baixa escolaridade. Os cursos em geral, principalmente os cursos técnicos, precisam que o candidato tenha ensino médio completo. É muito difícil você encontrar pessoas com deficiência que tenham essa escolaridade. Por conseqüência, há dificuldade no ingresso dos deficientes até mesmo nos cursos profissionalizantes”, explica.

A fim de qualificar
O Instituto pedagógico de apoio à educação do surdo de Sergipe- IPAESE existe há 7 anos e proporciona aos alunos educação de tempo integral “trabalhamos com alunos a partir dos 5 anos de idade, mas temos pessoas matriculadas de até 25 anos. Isso se dá por conta da defasagem escolar em que muitos se apresentam.” explica a coordenadora pedagógica. Os alunos são atendidos com oficinas de língua portuguesa, matemática, balé, caratê e teatro. Além disso, há aulas de informática e núcleo de tecnologia visual. Breno tem 14 anos e é aluno do Ipaese desde os 5. Em libras declara seu futuro profissional "quero ser jornalista".
Faltam iniciativas
Segundo o professor Jorge Fortes, faltam iniciativas concernentes à educação do surdo no Brasil e isso influencia em sua entrada no mercado de trabalho “é raro encontrar instituições específicas ao surdo. Muitas vezes, só oferecem ao surdo emprego de empacotador por falta de qualificação profissional” conclui. De acordo com o instrutor de libras, as empresas devem se despertar para a contratação de surdos e perceber que eles
têm um intelecto fantástico e uma capacidade de concentração que os ouvintes não têm. "Pode cair qualquer coisa por perto do surdo que ele não vai tirar a atenção com facilidade do que está fazendo” destaca o professor.
Questão de lei
Mais do que obedecer a portaria do Ministério da Previdência e Assistência Social de número 4.677/98 fundamentada no artigo 93 da lei número 8.213/91 que regula os benefícios da Previdência Social e o artigo 201 do Decreto número 2.172/97, que obriga todas as empresas com mais de cem funcionários a terem em seu quadro pessoas portadoras de deficiências, há lei referente à colocação de intérpretes nos setores de trabalho “ Por lei, cada departamento público tem que ter pessoas que saibam se comunicar com os surdos. Em cada repartição deve haver um intérprete” afirma o professor.