
"Para cheirar, prefira um canudo individual a notas de dinheiro", ensinam os 40 mil panfletos que começaram a ser distribuídos livremente durante a Feira cultural GLBT (sigla para gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros). Depois de causar polêmica, a veiculação foi proibida durante a 11ª Parada do orgulho GLBT que ocorrerá no próximo Domingo, dia 10.
As dicas aos usuários de drogas para que minimizem riscos e os efeitos da cocaína estão expostas no encarte em uma espécie de política de redução de danos. O departamento de investigações sobre narcóticos verificará o evento, que no ano passado somou 80 boletins de ocorrência nas 4 delegacias da região (segundo a Folha on-line), para saber se há facilitação ou omissão do tráfico de drogas. O curioso é observar no panfleto a marca do Governo Federal e a linearidade entre os dados e a política de redução de danos do Ministério da saúde.
O estímulo ao uso de entorpecentes é crime e as drogas são um crime contra a integridade física de qualquer um que fizer uso delas. A preocupação, se é que houve alguma, não deveria ser a de minimizar os efeitos e consequências das drogas no organismo, pelo contrário, panfletos como estes deveriam mostrar o quanto as drogas são uma droga e que a política de redução de danos apenas revelam o quanto os dependentes químicos são incapazes de se livrar delas sozinhos. Ensinar que, se não há como combater o mal, o jeito é conviver com ele da melhor maneira possível é irresponsabilidade.
2 comentários:
Mari, você sabe o que acontece quanto cego guia cego?
Relações contraditórias e tenebrosas
Belo texto Mari, concordo com você, uma coisa é a luta para ser respeitado e não sofrer preconceito; que é muito justa e legitima, outra coisa é a apologia a coisas negativas, essa é inadmissivel! Abraços.
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